domingo, 20 de setembro de 2009

Reunir Gerações






O tempo é um factor erosivo mais importante para uma música ou obra musical. O esquecimento é o instrumento do passar do tempo e separa minuciosamente uma boa música das outras. Uma música poderá entrar no esquecimento por deixar de conter a mensagem adequada, estar fora de moda, fora da corrente social ou porque não é suficientemente eficaz para enfrentar a questão do tempo. Por sua vez outras músicas tornam-se intemporais e elos de união entre gerações. A música tem esta magia e o poder de fazer convergir em seu redor as mais diversas gerações ou estratos sociais, de nos fazer recordar ou criar as mais diversas emoções quando as ouvimos. Podemos qualificar quanto à sua mensagem, umas com um carácter mais ideológico, outras mais literárias ou abstractas, bem quanto à sua riqueza melódica ou rítmica. A questão é que as continuamos a ouvir e a magia está presente! A glória fica para os seus compositores que alcançam a imortalidade na sua obra.
Ajude-nos a recordar e reciclar essas músicas, ou bandas, que transmitem a mensagem anterior, enviando-nos um comentário com sugestões.


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Concentrações Motards

Músicos e Motards percorrem caminhos paralelos na busca de liberdade e expressão. A razão, os valores e o meio para alcançar é que podem divergir, mas o que alimenta esta procura é da mesma ordem: a vontade e a determinação para concretizar o que os move.

Nesse sentido, os ReciKlados, associam-se, pela segunda vez este ano, a uma concentração motard. Em Julho estivemos presentes em Baraçais, concelho do Bombarral, com o grupo motard “Olhos do Asfalto”.

De 11 a 13 de Setembro decorrerá o XI Encontro Nacional Motard em Peniche, organizado pela Associação de Motociclismo de Peniche.

Para a actuação de dia 11 de Setembro, os ReciKlados, estão a investir no ensaio de novas músicas exclusivas para o evento.

Com mota ou sem mota, junta-te à festa da concentração anual de Peniche.

domingo, 23 de agosto de 2009

Manual de uma Banda Rock (parte 1)

A boa vontade nem sempre chega para organizar uma banda. Na falta de estrutura financeira para contratar técnicos e staff, inúmeras tarefas têm de ser organizadas e divididas com o objectivo de fazer fluir um conjunto de processos e destes funcionarem de forma orgânica. Nestas tarefas enumeram-se: escolha do reportório, logística e equipamento, organização do calendário, imagem, entre outras…

Escolha do Reportório
As escolhas das músicas são sempre uma das tarefas mais difíceis, devido à heterogeneidade do gosto musical dos elementos da banda. Foi necessário que existisse um consenso para que determinado tema fosse escolhido. Uma vez que foram estipuladas as décadas de 80 e 90, começou-se por fazer uma lista das possíveis músicas a fazer parte do reportório dos ReciKlados. Depois da esquematização com várias páginas de temas marcantes da nossa juventude, houve necessariamente que reduzir este interminável lista para um número humanamente possível de ser ensaiado, estudado e reproduzido ao vivo. A elaboração da lista coube ao Sérgio e ao Emanuel, com um pouco da participação de todos. O Emanuel funciona como um maestro, escolhendo na maioria das vezes o alinhamento e distribuindo-o antes de se entrar no palco aos outros músicos. Os ReciKlados têm hoje aproximadamente trinta temas ensaiados, sempre em mutação e com uma margem de rotação de actuação para actuação.

Logística e Equipamento
O transporte e montagem do equipamento é a tarefa que requer mais esforço físico numa banda. Estamos sempre dependentes de boas acções de amigos e familiares, geralmente convocados pelo Zé para ajudarem. Estes roadies por um dia, ajudam a carregar as colunas, mesa de mistura, amplificadores, cabos, suportes e microfones e desmontar a bateria. Este material todo preenche a bagageira de quatro automóveis sempre que é transportado. No palco, montar todo este equipamento de forma organizada e com a estética, a possível, nem sempre é fácil. É nesta fase que o Nuno (Magas) arranja sempre forma do equipamento parecer arrumado. Segue-se o Sound Check e as dores de cabeça. Após uma noitada de música há-de arrumar tudo outra vez.

Organização do Calendário
Após marcação das férias e dos dias especiais, todos os outros fins-de-semana ficaram livres para possíveis marcações. O Sérgio, o Zé e o Emanuel tornaram-se nos relações públicas da banda, sendo o Sérgio responsável pela maioria das datas agendadas. O que parecia ser um hobbie, transformou-se num part-time de fins-de-semana. No início deste verão os ReciKlados tiveram fins-de-semana com dois espectáculos e deixou-se de poder ensaiar para tocar fins-de-semana seguidos. O espectáculo estava montado.


Imagem
É um dos aspectos que mais valorizamos. Organizou-se duas páginas web, uma no hi5 e outra no myspace, com um calendário, fotografias dos concertos e mensagem de amigos. Arranjou-se uma imagem que nos identificássemos. Criativamente desenvolvida em torno dos conceitos reciclar, antigo, Pop art e natureza chegou-se à imagem que é utilizada via internet e posters. O ‘K’ verde e o fundo azul, relacionam-se com a natureza, os bonecos a preto, originais dos anos sessenta, relacionam-se com o antigo e o acto de reciclar. O conceito Pop art utilizado relaciona-se com o reciclar de um conceito artístico bem como de elevar os ReciKados ao lugar de ícone. A fotógrafa da banda é a Rita. O seu gosto pela fotografia e intuição, captam momentos únicos. O seu gosto por fotografia a sépia e preto e branco adequa-se na perfeição à imagem transmitida.
Pequenos filmes foram partilhados no youtube de forma a divulgar o projecto ReciKlados, servindo de convite a quem ainda não esteve presente.

Por detrás de uma noite de música está um grande esforço da parte de todos os membros para fazer aquilo que gostam. Mesmo quando se trata de um hobbie, entregarem-se de com convicção à música não é fácil depois de uma semana de trabalho físico, intelectual ou responsável. “Quem corre por gosto não cansa.”
Fica o convite para os amigos, conhecidos, familiares e curiosos, para virem a um concerto dos ReciKlados.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Introdução

Após uma boa tarde passada entre amigos, com boa cerveja servida em boas canecas… surgiu a ideia de valorizar e dar uma maior visibilidade a este projecto a que damos o nome de ReciKlados. Gostamos de reciclar música que ouvíamos enquanto crescíamos. Sendo assim… Este Blog tratará de desvendar alguns mistérios das escolhas das músicas e como se faz uma banda de fim-de-semana tocar com uma periodicidade quase semanal. Este Blog irá complementar as páginas hi5 e myspace que os ReciKlados têm desde o seu início, 25 de Abril de 2009, que incluem comentários de amigos, fotos e calendários das actuações.

Os ReciKlados apresentam-se como um quinteto, de Peniche, constituído por uma formação clássica de hard rock, duas guitarras, um baixo, uma bateria e uma voz. Ao Sérgio (Vocalista) cabe a tarefa de animar e entreter o público, compensado o facto de não tocar outro instrumento. O Emanuel toca viola baixo, marca o tempo, dando apoio à secção rítmica, com liberdade suficiente para nos brindar com rifs melódicos. O Nuno toca a guitarra ritmo da banda, salvo algumas excepções em que nos brinda com brilhantes rifs. Na bateria o Zé dá-nos um ritmo impetuoso, soando a cada estirada. É o Zé que nos oferece a meio das actuações as músicas dos Mamonas Assassinas, ao substituir o Sérgio na voz. Na guitarra solo, o Tiago caminha para uma maior entropia devido à liberdade do seu improviso.

A década de oitenta foi ímpar no que toca ao nascimento de bandas rock e de garagem em Portugal. Umas com longas carreiras, outras de um único êxito. O nosso reportório não esquece temas como “Rua do Carmo” dos UHF ou mesmo o “Perfume Patcholi” dos Banda de Baile. No que respeita ao que se fazia lá por fora, as músicas de Robert Palmer, Queen e U2 não estão ausentes. Os anos 90 viram surgir e ressurgir os movimentos musicais que nos acompanharam na juventude, o grunge e o punk. Afinal o Punk estava apenas adormecido… Dos temas que incluímos dos anos 90, os Pearl Jam, banda de eleição do Zé, fazem as honras do Grunge e os Green Day do Punk. Apresentamos um espectáculo em tom crescente, acabando com hinos do Hard Rock dos anos 70, década em que o rock começou a tomar cor e forma.